Conheça a janela de notícias do Facebook: uma nova tentativa de contrapor a onda de fake news

 

Facebook realiza uma nova ação para recuperar seu prestígio. A rede social lançou, no início do mês, uma nova ideia: agregar a plataforma uma janela de notícias de qualidade. Mas, como aconteceu ultimamente, a notícia dividiu opiniões.

A jornada do Facebook oscila entre uma inocente rede social e uma teoria da conspiração.

Cada movimento do Facebook afeta o mundo do marketing, já que a economia global por internet depende, em grande parte, de criar territórios neutros e inclusivos em que as pessoas possam interagir, apesar de suas diferenças.

Infelizmente, há mais de um ano que a neutralidade dessa rede é fortemente questionada.

Para tentar reduzir a repercussão negativa, o Facebook propôs uma nova iniciativa direcionada a qualidade da informação.

A seguir, contaremos tudo sobre a nova janela de notícias do Facebook. Acompanhe!

O problema da qualidade da informação

Se observamos o panorama político mundial, tudo parece um jogo de xadrez em que cada movimento tem uma intenção estratégica oculta.

E o ponto é: de qual lado joga o Facebook? Mark Zuckerberg é um humanista visionário que vê a conectividade como um direito humano ou um empresário à frente de um monopólio global que comercializa dados sigilosos para influenciar na política e na sociedade?

Frente a essa crise de credibilidade, o CEO do Facebook vem realizando diferentes ações para recuperar seu prestígio.

No entanto, ele parece ter entrado em um círculo vicioso em que, a cada iniciativa, surgem novos detratores.

A nova iniciativa do Facebook

A ideia é criar uma janela dentro da rede com notícias de “qualidade”. Dessa forma, o usuário terá a possibilidade de satisfazer sua demanda de informação sem ter que sair da plataforma. Mas, terá o Facebook a capacidade de entregar um serviço sério e qualificado?

Maior pluralidade de informações

O algoritmo sabe os gostos e tendências dos usuários. Dados precisos que nem eles mesmos lembram —em muitos momentos — e, contrariando os princípios jornalísticos, usam para agradar em vez de buscar informar a realidade objetivamente.

Seria confiável que no feed apareça algo que só agrada a uma pessoa? Como construir uma pluralidade de pensamentos se a rede nos isola dentro de nosso critério? Como funcionaria isso levando ao âmbito da distribuição de informação?

Distribuição, não produção de notícias

Você ficaria surpreso de saber que, em vez de ser um serviço gratuito, somos nós que trabalhamos para o Facebook, pagando com nosso tempo de permanência e com os conteúdos que geramos.

É como o Uber: uma empresa de transporte de passageiros que não tem frota de carros própria.

O Facebook é uma empresa de compartilhamento de conteúdos que não gera nenhum conteúdo.

A plataforma usaria, então, a mesma lógica para alimentar a janela com notícias?

As respostas para esse questionamento ainda não estão claras — principalmente em relação a seleção dos sites e publicações que serão consideradas qualificadas e confiáveis.

As fake news

Infelizmente, as notícias falsas se tornaram comuns, com o objetivo de desinformar e criar o caos. Como isso será controlado no âmbito jornalístico se não conseguiram controlar no âmbito social?

Essa iniciativa criou uma onda de críticas e controvérsias que coloca uma grande dúvida sobre como continua essa história e sua influência no mercado.

Restará ao Facebook aprender com o Google, uma empresa de igual magnitude que sabe lidar melhor com a qualidade das informações que organiza?

E, se você quer se informar mais sobre o assunto, leia nosso artigo sobre a ferramenta do Google para jornalistas.

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Quarta, Abril 17, 2019

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